A fissura anal é uma doença caracterizada por uma ferida na pele que reveste o canal anal e/ou a margem anal, é uma ferida de formato linear no ânus, uma úlcera dolorosa no formato de um corte que frequentemente leva a sangramento. Pode ser aguda ou crônica. A fissura anal acomete igualmente a homens e mulheres, pode estar mais comumente localizada na parede posterior do ânus, porém também pode ocorrer na parede anterior.
A fissura anal pode ser aguda ou crônica:
Fissura anal aguda: o “corte” tende a ser superficial, com bordos sem fibrose, normalmente com menor tempo de evolução.
Fissura anal crônica: a ferida torna-se uma úlcera facilmente reconhecível pelo médico especialista, com fibrose e endurecimento dos bordos, plicoma sentinela (pele sobressalente na margem anal), com maior tempo de evolução.
As causas mais comuns são:
-Defecar fezes grandes ou duras e secas
-Prisão de ventre e esforço durante as evacuações
-Diarreia crônica
-Sexo anal
-Inflamação da área retal causada pela doença de Crohn ou outra doença inflamatória do intestino
-Câncer anal
-HIV
Sintomas geralmente são:
- Dor e o sangramento às evacuações
- Desconforto anal quando o paciente assume a posição sentada (o).
- Coceira e ardência após as evacuações
- Uma rachadura visível na pele ao redor do ânus
- Um pequeno nódulo ou marca de pele sobre a pele perto da fissura anal
Tratamento indicado:
O tratamento visa o controle da dor e a cicatrização da laceração. Nos casos de fissuras anais pequenas, a cura geralmente ocorre de modo espontâneo após alguns dias, mas o tratamento médico pode acelerar este processo além de aliviar a dor. O tratamento inicial pode ser caseiro, com banhos de assento com água morna, aumento da ingestão de fibras e uso de laxantes para diminuir a rigidez das fezes. Existem algumas pomadas para fissura anal que podem ser usadas. Pomadas à base de nitroglicerina ou nifedipina. Pomadas com anestésicos também podem ser usadas antes de cada evacuação para reduzir a dor, mas estas, sozinhas, não ajudam na cicatrização. Use apenas o que seu medico orientar, pois o uso pode apresentar efeitos colaterais.
Cerca de 90% das fissuras no ânus cicatrizam com medidas conservadoras, como as descritas acima.
Nos casos que não melhoram pode-se tentar o uso da toxina botulínica, que ajuda a relaxar o esfincter anal, reduzindo o estiramento da fissura. O Botox pode causar como efeito secundário a perda temporária da continência fecal, podendo haver pequenas perdas de fezes durante 2 ou 3 meses, tempo de ação da toxina.
Cirurgia para fissura anal
A cirurgia é geralmente reservada para pacientes com fissura anal que tentaram tratamento clínico e não tiveram sucesso. O procedimento de escolha é chamado esfincterotomia lateral interna, uma pequena incisão capaz de provocar o relaxamento do esfíncter anal. A cirurgia é bem simples e o paciente na maioria das vezes volta para casa no mesmo dia, podendo retornar às atividades normais dentro de uma semana.
A principal preocupação com a cirurgia é o desenvolvimento da incontinência anal, que pode incluir incapacidade de controlar a saída de gases intestinais, escape fecal leve ou mesmo perda de fezes sólidas. Algum grau de vazamento das fezes pode ocorrer em até 45% dos pacientes durante os primeiros dias de pós-operatório. No entanto, essa incontinência pós-cirúrgica raramente é permanente.
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