Dia 29 de agosto foi o Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Narguilé é um cachimbo de aparência na maioria das vezes atraente, teve sua criação no século XVII, na Índia, e credita-se sua invenção ao médico Hakim Abul Fath, que a princípio sua intenção, por conter água em seu interior, seria retirar as impurezas da fumaça e consequentemente os danos causados pelo tabaco, o que na realidade, após análises científicas ficou comprovado que sua invenção não passava de uma ilusão, e acabou por desencadear um mal muito maior, por muitos ainda acreditarem nesse efeito.
Sobrepondo ao uso do cigarro, no Oriente, mas no mundo cerca de 100 milhões são usuários.
Segundo a Petab – Pesquisa Especial sobre Tabagismo, em 2008, no Brasil há cerca de 300 mil usuários.
Os usuários de narguilé trilha uma “doce ilusão”, pois sua fumaça por ser adocicada e aromatizada, em relação ao cigarro industrializado, acaba por induzir a sessões que duram de 45 a 60 min. ou até mais quando se encontram entre amigos.
O cigarro industrializado, em seu consumo solitário, tem a sua duração em média de 5 a 7 min. e nada não, essas sessões de narguilé apresentam um volume de fumaça 100 a 200 vezes maior do que o solitário “cigarrinho”.
Para aqueles adeptos do narguilé que acreditam que não vão desenvolver dependência da nicotina, existem estudos que comprovam que a presença da água no narguilé, como foi mencionado acima, pode no máximo reduzir em 5% a nicotina consumida, e inclusive, àqueles que não eram tabagistas, quando não têm mais acesso ao narguilé, por necessidade, buscam os cigarros industrializados.
Quanto a riscos para saúde, a fumaça do narguilé chega a possuir até 4 (quatro) vezes mais algumas substâncias cancerígenas daquelas encontradas no cigarro.
Assim, as doenças tabaco relacionadas como, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC, cânceres da orofaringe, do pulmão, de esôfago e de bexiga, já foram descritos entre os adeptos do narguilé, além de outras identificadas pelo compartilhamento das piteiras, como infecções respiratórias diversas, tuberculose, herpes e até hepatite.
“VALORIZE O INTERVALO ENTRE O NASCIMENTO E A MORTE”
Willer Castro
FONTE: DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA e TABAGISMO – SOCIEDADE PAULISTA DE PNEUMOLOGIA e TISIOLOGIA. VOLUME 8 – EDITORA ATHENEU
imagem: www.gazetadopovo.com.br/